Nesta quinta-feira (19), os representantes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da farmacêutica Pfizer se reuniram para discutir o uso da terceira dose da vacina contra a Covid-19, a chamada “dose de reforço”.
O encontro foi solicitado pela Agência para ter mais informações acerca das pesquisas realizadas pela empresa sobre a aplicação da terceira dose e efeitos na imunidade dos pacientes dessa medida. Além disso, a Anvisa busca subsídios para avaliar se a dose de reforço é necessária e em que situações e com quais parâmetros ela seria aplicada.
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Com isso, no informe sobre a reunião, a Anvisa não detalhou se a Pfizer disponibilizou alguma informação sobre suas pesquisas a cerca da quantidade de doses. Ontem, a Direção Colegiada da Anvisa indicou uma orientação para que a dose de reforço seja incorporada no Programa Nacional de Imunizações (PNI) em caráter experimental para quem tomou CoronaVac. A medida vale para idosos com mais de 80 anos e pessoas com imunidade comprometida.
Fonte: Agência Brasil
Butantan diz não ser necessária uma terceira dose da Coronavac em idosos
O diretor médico de pesquisa do Instituto Butantan, Ricardo Palacios, declarou que não existem dados que justifiquem a necessidade da aplicação de uma terceira dose da Coronavac, vacina produzida pelo instituto paulista, com tecnologia desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac. Segundo ele, este é o momento de ampliar o número de imunizados, não o nível e efetividade das doses já aplicadas.
Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, o diretor defendeu que a vacina demonstrou impacto na redução das taxas de hospitalizações e de mortalidade por Covid-19 em idosos onde o imunizante foi aplicado. Palacios também declarou que nenhuma vacina protege totalmente contra infecções pela Covid-19, por isso, é importante aumentar o número de pessoas vacinadas para redução da transmissão comunitária do vírus.
O debate sobre a necessidade de uma dose de reforço da Coronavac para pessoas com mais de 80 anos ganhou força depois que o preprint de um estudo, que ainda precisa ser revisado por pares, foi publicado no repositório MedRxiv, onde foi demonstrado que a eficácia do imunizante nesta faixa etária seria de apenas 28% contra infecções pelo Sars-Cov-2.
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