As bebidas alcoólicas, ao serem ingeridas durante o uso de medicamentos, mesmo sendo apreciadas com moderação, podem causar efeitos perigosos.
Elas podem anular propriedades farmacológicas ou causar efeitos colaterais que podem levar à morte, pois os efeitos da mistura dos componentes causam toxidades graves.
Além disso, um estudo publicado pelo instituto Molecular Pharmaceutics indicou que o álcool pode alterar a interação de enzimas e de outras substâncias corporais quando em contato com cerca de 5 mil medicamentos disponíveis no mercado farmacêutico.
O estudo também diz que “O álcool é absorvido pela corrente sanguínea e percorre todo o organismo, em especial o cérebro, coração, estômago, fígado, rins e até os pulmões. O efeito da bebida, absorvida junto com certos tipos de medicamentos no organismo, pode ser altamente tóxico, lesar os órgãos e causar desidratação e desnutrição, pois prejudica a absorção de nutrientes pelo corpo”.
O álcool elimina o efeito dos antibióticos. Muitos medicamentos podem interagir com o álcool e alterar o metabolismo, os efeitos do álcool e também da medicação”, revela Daniel Jesus de Paula, farmacêutico da Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego).
Álcool com energéticos
A mistura de álcool com energéticos pode enganar o público quanto a possibilidade de menor embriaguez, já que o álcool é um depressor e o energético um estimulante. O álcool por si só pode ser um gatilho para arritmias, e o energético potencializa esse efeito.
“Isso é grave porque aumenta a ocorrência de complicações como o coma alcoólico. Essas substâncias quando ingeridas, juntas, podem causar desidratação, arritmias cardíacas, convulsões, piorar os sintomas de ressaca e até morte súbita de origem cardíaca”, diz Daniel.